Plataforma 2018: Brasil do Amanhã – ÁGUA e SANEAMENTO
Esta semana participei do debate sobre “Água e Saneamento” no Museu do Amanhã.
O tema desse encontro faz parte da “Plataforma 2018: Brasil do Amanhã, um movimento nacional que pretende, entre outras coisas e, principalmente, em um ano eleitoral, melhorar a qualidade do debate e trazer à tona temas de grande relevância para a sociedade. Serão oito encontros até outubro deste ano.
O lançamento da Plataforma 2018 foi em outubro de 2017 e o tema do primeiro debate foi “Caminhos para a Democracia”. O primeiro encontro deste ano discutiu um tema bastante popular, principalmente no Rio de Janeiro sob intervenção: “Segurança Pública”.
O encontro ocorrido na última segunda-feira, 9 de abril, discutiu vários problemas relacionados à Água e ao Saneamento e foi aberto pelo curador do Museu do Amanhã, Luiz Alberto Oliveira, seguido por Samuel Barreto, Gerente Nacional de Água e Saneamento do The Nature Conservancy Brasil – TNC. Mediado pelo jornalista André Trigueiro, o evento contou com a participação dos debatedores Édison Carlos (Presidente do Instituto Trata Brasil), Oscar Cordeiro Netto (Diretor da Agência Nacional de Águas – ANA), Jerson Kelman (Presidente da Sabesp) e Hamilton Amadeo (CEO da Aegea Saneamento).
Samuel Barreto convidou a todos a debater o assunto “sob a ótica das oportunidades e não só dos gargalos”, acrescentando que “a sociedade deve brigar pelo seu direito à agua e ao saneamento”.
Édison Carlos destacou que o saneamento precisa ser uma prioridade nacional, pois possibilita a melhora da qualidade de vida das pessoas, que ficam menos doentes e mais produtivas. “A Região Norte, que é o nosso berço das águas, não tem nem 10% de coleta de esgoto. As obras de infraestrutura esbarram em decisões políticas”, lamentou o presidente da Trata Brasil, acrescentando que o Saneamento, apesar de ser um dos itens da Declaração dos Direitos Humanos, não consta na nossa Constituição Federal como um direito humano. “Nós tratamos a questão do Saneamento como um problema de governo e não como um problema de estado”, alertou.
Hamilton Amadeo defendeu as parcerias público privadas. “É preciso haver uma evolução do modelo para atingir a sustentabilidade, baseada em metas e com controle social”, defendeu. Jerson Kelman também acredita nas parcerias público privadas e alerta que “as empresas públicas deveriam ter um alto padrão de governança e, hoje, a maioria não tem”.
Diante da crise hídrica que já é uma realidade, Oscar Cordeiro Netto orientou que é preciso haver uma “compatibilização entre a agenda verde e o saneamento”.
Sim, todos nós e, principalmente, as futuras gerações agradecem.
Confiram agora alguns momentos do evento: