Eleições 2018 – Biografia dos candidatos: Álvaro Dias, Henrique Meirelles e Guilherme Boulos.

Em publicação anterior, o PORTAL DA FÁTIMA AUGUSTA informou que apresentaríamos um breve resumo sobre a biografia dos presidenciáveis.

A ordem da publicação seguirá o posicionamento dos candidatos na pesquisa de intenções de voto do IBOPE de 24 de setembro (BR-06630/2018). Hoje, publicaremos as biografias de mais três candidatos na corrida à presidência do Brasil nas eleições 2018.

Em sétimo lugar, Álvaro Dias, seguido por Henrique Meirelles e Guilherme Boulos.

 

Álvaro Dias

Álvaro Fernandes Dias tem 74 anos, é natural da cidade de Quatá (SP), mas foi criado no Paraná. Formado em História, ingressou na carreira política como vereador na cidade de Londrina, Paraná, no período de 1968 a 1971. Foi  deputado estadual, também pelo Paraná, de 1971 a 1974. Foi eleito deputado federal em 1975 e governador do Paraná em 1978. Atualmente é senador, cargo que exerce desde 1999.

Sua atuação como senador foi marcada por diversas ações que abarcaram requerimentos, projetos de lei e propostas de emendas à Constituição. Seu projeto de maior destaque é o que determina o fim do foro privilegiado, ainda pendente de votação na Câmara dos Deputados.

Álvaro Dias está se candidatando pela primeira vez à presidência da república, embora já tenha tentado viabilizar sua candidatura por duas vezes anteriormente. Já integrou os quadros de sete partidos diferentes, MDB, PST, PP, PSDB (duas vezes), PDT e PV, de onde saiu para se filiar ao PODEMOS (antigo PTN) e sair candidato à presidência. Em sua chapa conta com o apoio de Paulo Rabello de Castro, economista, ex-presidente do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e do BNDS (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). Rabello é filiado ao PSC (Partido Social Cristão), onde chegou a se lançar como pré-candidato, mas desistiu e foi integrar a chapa com Álvaro.

 

Henrique Meirelles

Henrique de Campos Meirelles nasceu em Anápolis, Goiás, tem 73 anos e é formado em engenharia civil. Começou na política em 2002, quando foi eleito deputado federal pelo PSDB. Logo depois, assumiu a liderança do Banco Central do Brasil. No governo Dilma Rousseff foi responsável por toda a elaboração orçamentária dos Jogos Olímpicos de 2016. No governo do atual presidente, Michel Temer, assumiu o Ministério da Fazenda e Previdência Social.

Em março deste ano, Meirelles deixou o PSD para se filiar ao MDB (Movimento Democrático Brasileiro), antigo PMDB, tornando-se candidato à presidência. Na chapa conta com o apoio de Germano Rigotto, seu vice, também do MDB. Rigotto é advogado, empresário e político. Pelo seu histórico de atuações, Meirelles pauta suas propostas, especialmente, em resoluções de problemas financeiros do Brasil.

A chapa Meirelles/Rigotto conta com o apoio do presidente Michel Temer. O MDB desponta no cenário político com um alto número de parlamentares investigados em processos de corrupção pelo Supremo Tribunal Federal. Nas investigações da Operação Lava Jato, o MDB está entre os partidos mais envolvidos em transações ilícitas, com alguns de seus políticos, inclusive, já presos. Um dos mais rumorosos foi o caso de Geddel Vieira Lima, conhecido amigo do presidente Temer, de quem também foi ministro. Geddel foi preso, quando a polícia federal apreendeu R$ 51 milhões em um apartamento e encontrou provas da ligação do ex-ministro com o montante apreendido. Outros parlamentares do MDB são alvo de investigações.

 

Guilherme Boulos

Guilherme Castro Boulos é paulista, formado em filosofia pela Universidade de São Paulo e iniciou sua carreira política no PCB (Partido Comunista Brasileiro). Posteriormente, passou a atuar na coordenação nacional do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto).

Sua atuação como representante do movimento lhe rende, até hoje, muitas críticas. O próprio movimento também é alvo de críticas, como no início de 2018, em que um prédio ocupado irregularmente desabou no centro de São Paulo. Em nota oficial, o candidato disse que o MTST não era responsável por aquela ocupação. Boulos responde a processos na justiça por algumas ações à frente do movimento. O candidato conta que já foi detido mais de uma vez em intervenções policiais por reintegrações de posse de terrenos ocupados pelo MTST.

 

 

Aos 36 anos, Boulos já recebeu o prêmio Santos Dias de Direitos Humanos, concedido pela Câmara Legislativa de São Paulo, em 2017. No ano anterior, em 2016, o candidato recebeu a Medalha do Mérito Legislativo, concedida pela Câmara dos Deputados de Brasília.

Filiado ao PSOL, Guilherme Boulos concorre à presidência da república ao lado de Sonia Guajajara, sua vice na chapa. Sonia é uma líder indígena e também integrante do PSOL.

 

Fontes

Wikipédia. Álvaro Dias. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Alvaro_Dias#Carreira_política>.

Senado Federal. Atividade Legislativa de Álvaro Dias. Disponível em:  <https://www25.senado.leg.br/web/atividade/materias/-/materia/autor/945/p/1>.

Wikipédia. Paulo Rabello de Castro. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Paulo_Rabello_de_Castro>.

 

Wikipédia. Henrique Meirelles. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Henrique_Meirelles#Biografia>.

Gazeta do povo. Henrique Meirelles. Disponível em: <https://especiais.gazetadopovo.com.br/eleicoes/2018/candidatos/presidente/henrique-meirelles/>.

UOL. PMDB, de Renan, e PSDB, de Aécio, lideram a bancada dos senadores investigados no STF. Disponível em: <https://congressoemfoco.uol.com.br/especial/noticias/pmdb-e-psdb-lideram-bancada-dos-investigados-no-senado/>.

Wikipédia. Lista de pessoas condenadas na Operação Lava Jato. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_pessoas_condenadas_na_Operação_Lava_Jato>.

 

Wikipédia. Guilherme Boulos. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Guilherme_Boulos#Biografia>.

UOL. Boulos diz lamentar uso político de desabamento e diz que ocupação não era do MTST. Disponível em: <https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2018/05/01/boulos-diz-lamentar-uso-politico-de-desabamento-e-diz-que-ocupacao-nao-era-do-mtst.htm>.

UOL. Boulos nega ligação entre prédio que desabou e o MTST e rebate críticas: “Querem culpar as próprias vítimas”. Disponível em: <https://congressoemfoco.uol.com.br/especial/noticias/boulos-rebate-criticas-e-nega-ligacao-entre-predio-que-desabou-e-o-mtst-querem-culpar-as-proprias-vitimas/>.

Pública. O psicanalista das massas. Disponível em: <https://apublica.org/2017/02/o-psicanalista-das-massas/>.